quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Reflexões sobre nossa existência

  Quando paro para pensar sobre este assunto, logo imagino quantas outras pessoas já não se interessaram à dedicar horas de seus dias para pensar também. Sobre qualquer ponto de vista: astrológico, cármico, filosófico, religioso, físico, etc...a velha questão que nos atormenta há séculos: de onde viemos, para onde vamos, qual nosso propósito?
Se pensarmos pelo caminho físico (porém já imensamente difícil, pois estamos a lidar com a natureza, que supera em muito a inteligência do homem), acabamos muitas vezes caindo em divergências, típicas de prosas relativistas, ou mesmo em (absurdos) devaneios. Mesmo assim, este ponto de vista é o que me parece ser o mais “fácil”.
E quando digo que é fácil, é pelo fato do quão simples é um professor ensinar seu aluno de que a Terra e toda a sua vida surgiu de um “simples” Big Bang. Simples de digerir, primariamente, ao imaginar que gases simplesmente se chocaram gerando uma reação em cadeia que concluiu numa explosão de magnitude incalculável, produzindo assim o sistema solar por completo, tal como ele é hoje...lamento que tenhamos que discutir sobre tal ponto de vista...
Vou citar aqui alguns trechos do livro Life – How Did it Get Here? By Evolution or by Creation? da Watchtower Bible Students Association. Apesar do apelo religioso, é uma obra fantástica que contesta velhas convenções físicas que julgamos por certas, justamente por fazerem parte do currículo escolar.

1 – A atmosfera primitiva

"Em 1953, Stanley Miller fez passar uma faísca elétrica por uma ‘atmosfera’ de hidrogênio, metano, amônia e vapor d’água. Isto produziu alguns dos muitos aminoácidos existentes, e que constituem os blocos de construção de proteínas. No entanto, só conseguiu quatro dos vinte aminoácidos necessários para que exista vida. Mais de trinta anos depois, os cientistas ainda não haviam conseguido produzir, experimentalmente, todos os vinte aminoácidos necessários, sob condições que poderiam ser consideradas plausíveis. Miller presumiu que a atmosfera da Terra primitiva era similar à de seu balão de ensaio experimental(...). ‘A síntese dos compostos biológicos só ocorre sob redução’ (ausência de oxigênio livre na atmosfera). Havendo oxigênio no ar [como na atmosfera], o primeiro aminoácido jamais teria começado; e sem oxigênio, ele teria sido extirpado pelos raios cósmicos’”.

2 – A fotossíntese

"Em algum ponto, a célula primitiva teve de inventar algo que revolucionou a vida na Terra - a fotossíntese! Os cientistas ainda não entendem completamente este processo, pelo qual as plantas absorvem bióxido de carbono e liberam oxigênio. Trata-se , conforme declara o biólogo F.W. Went, de ‘um processo que ninguém até agora conseguiu reproduzir num tubo de ensaio.’ Todavia, imagina-se que uma pequenina célula simples, por acaso, deu origem a ele. Este processo de fotossíntese transformou uma atmosfera sem nenhum oxigênio livre em uma em que, de cada cinco moléculas, uma é de oxigênio. Em resultado disso, os animais puderam respirar e viver, e foi possível a formação de uma camada de ozônio para proteger toda a vida dos efeitos da radiação ultravioleta”.
A questão até aqui é: como de uma explosão poderia, ao acaso, fazer surgir essa gama de circunstâncias complexas?

3 - A teoria da evolução

Uma das maiores obras científicas de todos os tempos, sem dúvida, é "A Origem das Espécies” de Charles Darwin, publicada em 1858.
A essência dessa teoria é plenamente difundida nas escolas, o que constitui um erro tremendo. Em primeiro lugar, nessa marcante e polêmica obra, Darwin se propõe a explicar como as espécies foram evoluindo até chegar à espécie humana. Supostamente se apoiava em pesquisas e análises de fósseis. Finalmente, quando o livro foi lançado, uma chuva de críticas excomungou a obra, justamente porquê ele se habilita a elucidar sua teoria, e não a faz! O livro basicamente é constituído de suposições e muito “rodeio”, e não há nenhuma sentença científica plausível. Em segundo lugar, tanto obras anteriores à esta como as posteriores continham análises detalhadas de achados arqueológicos, e nessas os fósseis contradiziam totalmente a teoria darwinista. Existem “abismos” entre as espécies, e características congênitas carecem de provas. Não há registro de ligação entre um peixe e uma criatura anterior, da qual pudesse ter evoluído. Eles simplesmente surgiram! Não há nada que explique a transição de um peixe para um anfíbio. Assim como para os répteis, as aves e os símios. E o mais importante: não existe nenhum elo entre os símios e os seres humanos! São espécies distintas e únicas. Não há fosseis que caracterizem e evolução do macaco para o homem (lembra aquela velha teoria, do Homo Erectus, Homem de Neanderthal? ESQUEÇA!).

4 – A complexidade do Universo

Como explicar que o nosso ar tem quantidade necessária de oxigênio para a vida? É comprovado cientificamente que um pouco (muito pouco) a mais de oxigênio nos intoxicaria, e um pouco menos seria irrisório demais para a existência animal.
Como explicar as leis que regem o Universo? Exemplo: para lançar um foguete no espaço, são necessários cálculos, que envolvem invariáveis definitivas e estáveis, como a gravidade, pesos, velocidade média, etc. São tão precisas as leis físicas do Universo, que é possível calcular minuciosamente o tempo de chegada da Terra à lua.
Como explicar que o Big Bang tenha originado compostos orgânicos tão complexos, e edificações naturais, e uma atmosfera inteligentemente composta? Ora, de uma explosão, só resulta destruição (vide as bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki). Uma casa é construída por mentes e mãos conscientes. O planeta Terra, infinitamente mais complexo do que uma casa, como poderia ser criado ao acaso, por uma explosão?
Como explicar nossa distância exata do sol, de forma a permitir toda a vida terrena? Estamos situados há cerca de cento e cinquenta milhões de quilômetros do sol. Um pouco mais perto, e o planeta seria um caldeirão, de temperaturas altíssimas (vide Vênus), e um pouco mais longe, seria talvez um bloco de gelo maciço, cheio de gases que inviabilizariam a presença de algo vivo (vide Marte).
Como explicar a quantidade de belezas naturais, de um solo produtivo, de frutos tão saborosos, de tão extensa quantidade de espécies vivendo em harmonia, do instinto, da inteligência, da herança genética...

      A intenção aqui é questionar as pré-suposições já adotadas no intuito de abrir novas portas para a filosofia moderna que ainda se apóia muito na antiga, e que para mim, ainda parece um tanto desengonçada.
Ora...não sou físico...e muito menos Deus. Creio que muitos já se perguntaram o mesmo: tudo tem início e fim, sendo o início surgido à partir de uma matriz, e sua morte uma simples troca de matéria, “animando a natureza sob outra forma” , assim como outrora diziam. Então, tendo estes princípios básicos em mente, já é possível questionar a origem desses gases que geraram um fenômeno orgânico-explosivo. E suas matrizes também, de onde vieram? Não há resposta! A única conclusão que dá para fazer aqui é que um ateu é um ser inconsciente, e, com o perdão do termo, desprovido de inteligência, pois não é possível a natureza criar-se sozinha, assim como um ovo não aparece sem que a galinha o tenha botado (a propósito, a galinha veio primeiro).
E nesse sentido é perceptível a associação que existe entre esses fatos e a existência de um vida maior e suprema, que criou tudo e governa. Não quero também entrar em contextos religiosos, que para mim nada mais são do que ópios, ferramentas ilusórias de ascensão, pois religião não é própria de Deus. Buda não criou o budismo, assim como Cristo não criou o Cristianismo. Seus sectários foram quem o fundaram, no intuito de repassar os ensinamentos já adquiridos. E assim, a decadência da mente perturbada do homem já começou a modificar, a querer brincar de Deus. O que o homem faz é corromper, destruir e multiplicar sem necessidade.
É, tinham razão os que diziam que nós somos seres “dormidos”, inertes em uma vida ilusória, assim como acontece em nossos sonhos à noite. É, pois, a única diferença se faz na consciência lógica, que perde o lugar para a consciência “animal”, quando vamos dormir. Já aqui vamos passar do ponto físico para o metafísico e psicológico. Um animal certamente não notaria o absurdo de um elefante voando, de uma árvore chegando até as nuvens, de formigas gigantes ou de qualquer outra coisa desta espécie. Então, quando dormimos, temos uma consciência semelhante à animal selvagem, semelhante à mente de Adão e Eva antes de comer do fruto do conhecimento, pois em nossos sonhos isso acontece com enorme frequência, e às vezes rimos desses fatos logo que acordamos. Assim como a matéria, espaço e tempo também não tem lógica no mundo dos sonhos. Muitas pessoas dizem sonhar que viveram cinco, dez, cem anos, ou apenas um segundo, que lhe custaram uma noite de oito horas. Ou seja, a nossa mente não atua quando sonhamos, quem o faz é nossa consciência natural, totalmente afastada do nosso conhecimento. O máximo que fazem é usar nossa memória (muitas vezes até de outras encarnações), figuras de nosso passado para constituir novos contextos extremamente estranhos. E quando “acordamos”, ainda assim essa mente estranha atua, como uma corrente infindável que dificulta nossa interpretação da mente sábia. Osho já dizia, que só o que precisamos é dessa consciência “animal”, e que quando mais conhecimento adquirimos, mais dormidos estamos. Concordo em parte...a sabedoria é o que nos difere dos animais, pois assim atribuiu Deus...abrir mão desta mente é algo que, mesmo que fosse possível,iria ser algo contra as regras da vida; o que nos iria diferenciar dos outros animais? O conhecimento nos dá a oportunidade de questionar, aprender, imaginar, raciocinar...e até comunicar...sem essa mente, seríamos irracionais.
O que me é bastante útil são os ensinamentos de Hipócrates, o pensar inicial da meditação, o culto à sabedoria é algo prazeroso, portanto, humano. O prazer é algo humano!
Partindo para o lado cármico ...logo de princípio posso dizer que a reencarnação é uma visão complexa demais para ser debatida em um simples discurso...muitas teorias abordam o assunto de diferentes formas, e contrastam-se opiniões internamente na própria filosofia espiritual do budismo hindu ou do mongol, ou mesmo o zen japonês; os xamãs africanos; o espiritismo tibetano, e o Tao. Só poderemos decifrar os enigmas da pós-vida depois que a vivenciarmos na prática...mas...ora...o que morre afinal? Nada é morte! Tudo faz parte da vida! A vida é uma linha horizontal, cortada no meio, por uma linha vertical que julgam “morte”. Não há como assimilar a "morte" como o fim, pois esta ainda ninguém (”vivo”) conhece. Quando um ser supostamente morre, na verdade, ele apenas deixa seu corpo, que nada mais é que um invólucro temporário, físico, tangente. Sua alma ainda deriva pelo universo, sabe-se lá sobre qual forma, se regular ou não, e com que propósitos.

O fato é que quando temos consciência de nossa existência, passamos a ser acordados, e não mais escravos do mundo ilusório dos dormidos. Assim, mesmo quando o corpo desfalece, nossa consciência ainda toma parte de nossa nova forma. Extraordinário!
Os homens possuem estereótipos que chegam a ser surreais, e por isso mesmo acabam se aprisionando nesse mundo ilusório, empapando-se por completo em pensamentos equivocados, em sua existência disfarçada. Solução: meditação, já diziam muitos budas. Mas não meditar por meditar...a necessidade é de abrir sua mente, abster-se de todo o resto do mundo para aprender mais sobre si, libertando o seu “eu “ natural, deixando que sua consciência humana tenha prioridade, mas tendo como companheiro sua mente natural, que será o maior responsável pelo fato de conseguir acordar (ou não).
A psicologia moderna acredita no poder mental humano, e lhe atribui à causa da realização de nossos pensamentos e objetivos. É algo como “pense fixamente no que você quer. Deseje com toda sua força, e em algum tempo, o terá. Basta querer”. E realmente, funciona assim, mas este ensinamento psicológico deriva da sabedoria de Cristo, ao dizer que a fé do homem pode remover montanhas. E realmente pode. É como uma aura, que todos temos, e nela estão contidos todos nossos sentimentos, todo o bem e mal contidos em nossa alma, chocando-se frequentemente. O lado do bem tenta concretizá-los, e o mal o impede (até com ações físicas!). Ou seja, quando você pensa no mal, já o faz, sua alma já o interpreta, e passa a agir. Se seu desejo é extremamente grande, e você tem domínio sobre seus medos e sobre o mal que inevitavelmente faz parte do ser humano, logo o bem de sua aura triunfará trazendo à tona seus desejos. É como dois imãs de polaridades iguais, se repelindo constantemente. Um deles de repente ganha mais “massa”, e portanto, passa a repelir o outro para mais longe. A aura então pode ser comparada a um campo magnético invisível, intocável, mas existente. E nele se abriga tudo que se pensa. Se pensa para o mal, o lado yang tomará posse, se pensar para o bem, a vez é do Yin. E mesmo sem nos darmos conta, nosso subconsciente está atuando sobre estas duas forças opostas, criando novas armas para o bem e para o mal, mesmo quando se está dormindo, usando de sua mente oculta.
Vou dar um exemplo simples da atuação de forças negativas, cujo simples conhecimento de existência acarretaria muito menos guerras e discussões. Imagine que você está na cozinha, e seu pai, sistemático por default, e maníaco por economia de água, luz e telefone, também. Você está simplesmente tomando água, e ele limpando a mesa. Então ele sai da cozinha, apaga a luz. Você também sai do aposento, simplesmente. Logo depois, seu pai chega e pergunta-lhe o porquê de ter deixado a luz da cozinha acesa. Mas ele havia apagado! E você não a acendeu novamente! Algo se apossou desse recurso, e acendeu a luz, sem a percepção de ninguém, para gerar uma intriga entre você e seu pai! E essa discussão vai tomando novos rumos, até ele te expulsar de casa ou algo do tipo. É, as coisas hoje são exageradas, pessoas são assassinadas por deverem cinco centavos. Então, armado o conflito, você e seu pai nunca irão saber a verdade, que nenhum dos dois havia deixado a luz acesa. Pense bem nisso, e evite muitos conflitos!

Vou deixar-lhes uma “máxima” taoísta, definido como o modo de caminhar:

“Na busca do conhecimento, todos os dias algo é adquirido,
Na busca do Tao, todos os dias algo é deixado para trás.

E cada vez menos é feito
até se atingir a perfeita não-ação.
Quando nada é feito, nada fica por fazer.

Domina-se o mundo deixando as coisas seguirem o seu curso.
E não interferindo.”

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Declínio Artístico

Arte: "produção consciente de obras, formas ou objetos voltada para a concretização de um ideal de beleza e harmonia ou para a expressão da subjetividade humana". (Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa - 2002)

É angustiante notar como é progressivo o desprezo pela boa arte! A sociedade "moderna" está empanturrada de atalhos, empapada em vícios e esquecida do prazer de outrora em produzir algo para o deleite próprio e dos outros. Grandes gênios em suas áreas estão sofrendo depreciação. É cada vez mais atípica a atenção à obras históricas, em todos os campos da arte, da oratória à música, pintura às artes plásticas, de tal modo que grandes artistas já estão em processo de depressão, uma nova paródia ao "mal do século" que afligia a sociedade do século dezenove.
Mas como algo tão absurdo foi acontecer? É o mesmo que dizer que as pessoas enjoaram de ouro, de diamantes...simplesmente deixar de gostar de algo primoroso é de fato estranho...mas dá pra explicar!
Primeiro é preciso citar a maior vilã do século: a mídia! É ela a responsável por manipular os gostos do povo e gerar padrões a serem seguidos. Apoiados nesse recurso, surgiram novos modos de se produzir "arte" - aqui, já deturpada em seu teor. Pessoas sem talento algum começaram a buscar espaço nos campos artísticos, com única finalidade de lucrar. Desses indivíduos nasceram modificações de consagrados estilos. Do Jazz veio o samba - até aí, all right; e depois, o pagode. Do Blues veio o Rock n' Roll, e depois, o Punk Rock. Do Modernismo, vieram o Cubismo, e em seguida o Dadaísmo. Do piano acústico vieram os sintetizadores, e depois os equipamentos de techno-"music"(todos esses terceiros citados são o que costumo chamar de lixo cultural).
Como músico, posso dizer que o funk, pagode, o sertanejo, o rap, o techno, o punk-rock, entre outros, são criações (na maioria das vezes!) de pessoas com necessidade de fama e dinheiro, mas sem talento artístico. Com observação da verdadeira e primeira arte, criaram o fácil inspiradas no complexo (o que chamo de atalho!).
Atenção: cito aqui os estilos já consolidados por conta da publicidade exacerbada da mídia! Todo estilo tem sua graça, e muitos músicos e técnicos de ótima qualidade o produzem...mas o erro foi imaginar que estes deveriam substituir a velha e boa arte. Veja só o que eu digo: você NÃO pode ouvir Jazz, Fusion, Rock Progressivo, Blues, New Age, Erudito, Country, Metal Neoclássico, Folk e instrumentais variados em uma rádio popular. Por isso, grande maioria das pessoas sequer sabem o que são esses gêneros musicais. Estão "presas" às torrentes de porcaria que a mídia empurra - falo também de televisão, revistas, internet. E mesmo quando têm oportunidade de se deparar com a verdadeira arte, acabam na maioria das vezes desprezando-a, achando loucura...natureza humana: temer/desprezar o desconhecido!
Sendo mais radical, gostaria de mudar o significado de música, para resgatá-la enquanto arte, de forma a coibir a evolução dessa repugnante monomania de insistir na divulgação do que não é arte! Aplicaria a idéia de que algo, para ser considerado música, precise atender aos seguintes requisitos:

1 - Possuir harmonia, melodia e ritmo (já aplicado);

2 - Poder, de forma integral, ser anotado em partituras, com diferenciações timbrísticas em notações separadas, provenientes de variados instrumentos - e também na totalidade de áudio monofônico;

3 - Os compositores necessariamente deverão compreender o mínimo de teoria musical, em seus conceitos básicos (se a produção for mesmo música, os criadores são músicos!); e

4 - Os sons deverão partir de instrumentos acústicos, elétricos ou eletrônicos, desde que cada nota em sua estrutura física possa ser explicada.

Com esses requisitos preenchidos, o áudio se enquadraria na categoria artística "Música", ganhando o direito de circular nos veículos de mídia. Caberia à ABM e as gravadoras o monitoramento dessas regras. Com isso, estariam abatidos, definitivamente, o rap, o techno, o dance e o funk (não o Funky, que é o pai do ritmo!). Infelizmente ainda poderão existir outros gêneros, que sim, são música, mas extremamente pobres (técnica e harmonicamente falando). Não seriam abolidos estes citados, podendo ainda circular em CD's de forma livre, em discotecas, bares e eventos, do mesmo modo que hoje é, apenas proibidos de serem reproduzidos em canais de difusão musical. Ou seria o mesmo que vender carne em farmácia, e tratar lesões físicas em clínicas psiquiátricas.
Uma solução à curto prazo para esse crescente empobrecimento cultural é, sugiro eu, que haja uma separação ciclópica entre arte e produção. A produção tem fins meramente lucrativos, que exploram as enormes fendas do capitalismo para existir. A arte é criada pela necessidade do autor em representar sentimentos e situações, com intenções primárias. Vendê-la é mera consequência.
Uma magnífica obra como Mona Lisa de da Vinci, Marabá, de Rodolfo Amoedo; um clássico como a vigésima quarta caprice de Paganini, a Starway to Heaven do Led Zeppelin ou a perfeita Jade, de Mauro Senise (obra primordial!); uma literatura de aventura como Kim, de Rudyard Kipling, Dom Quixote, de Cervantes, A Odisséia de Homero, ou Robinson Crusoé de Daniel Defoe, e O Alienista de Machado de Assis; ou mesmo a maestria obra de Michelângelo esculpida nas igrejas, ou da oratória, representada por Platão, Lênin, Cícero e tantos outros...não podem ser esquecidos!
Pop (do inglês, significa "estouro", ou mesmo uma onomatopéia universal) dá uma perfeita analogia à bolha de sabão...rapidamente estoura, e desaparece - um "hit" de forró, pagode ou sertanejo surge e não dura mais do que um ou dois anos. Uma obra erudita como a quinta de Beethoven permanece para todo o sempre. Taí a diferença!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Philosufismo





 Porquê "philo" ?

    Do latim philos "amigo, amante". Geralmente aplainado ao sufixo sophia (conhecimento saber), significando amor pelo conhecimento, cobiça pelo saber.

 Porquê "sufi" ?

    Do sufismo, corrente mística do islão, que tem por objetivo uma relação direta com Deus através do desapego à tudo que é material e da extinção da dualidade semiótica. Através de cânticos e danças, os seguidores procuram o estado de êxtase como forma de facilitar o contato com o mundo transcendental. Abstém-se de qualquer religião - ópio que cega a fé; e é o método mais puro de vida de que se tem conhecimento.

 Porquê "philosufismo" ?

    Unindo os dois termos, procurei clarificar a idéia do amor à natureza, ao Deus puro, a verdadeira sabedoria e ao mais puro método de conhecimento. Também desassociei o termo "sofia"- ou sophia, que nada mais é que um sofisma (ilusão lógica) perigoso, por ter o poder de manipular os conceitos humanos e torná-los paradigmas.
    A verdadeira intenção da velha filosofia é afirmar ainda mais o estado "catacrético" dos seres. Platão, Sócrates (cuja existência é questionada), Heráclito... todos estes foram homens de grande inteligência, que contribuiram consideravelmente para o desenvolvimento da filosofia. Mas (com ênfase) não passaram de homens "dormidos", que buscavam o saber através de signos supostamente ocultos aos olhos de pessoas comuns. Como?
    Explico: é natural o homem possuir o desejo de definir e explicar tudo que acontece a sua volta. Pessoas "comuns" simplesmente seguem as ideias já produzidas, contentando-se com o mínimo do conhecimento, sem questionar nada. Os antigos filósofos (maioria) quebravam essa sina, questionando as verdades intrínsecas (até então), questionando as pessoas, questionando a natureza, questionando até mesmo as questões. Inovavam através de discursos prolixos os campos da cosmologia, da antropologia, da teologia, da política. Enaltecidos pelos ouvintes, disparavam torrentes de críticas ao pensamento de outrem, e apregoavam as boas novas ditando novas verdades que perdurariam por séculos.
    O erro: O maior erro que a filosofia já cometeu é creditar a noção de verdade ao meio externo, quando é justamente o contrário: a verdade é interna, parte de nós, não vem até nós! À partir desse ponto, todo o discurso subsequente é um passeio no parque!
    Provavelmente já lhe aconteceu, ao tentar resolver uma expressão matemática, chegar a um resultado e perceber que está errado. Então, procurando o origem do erro, chega-se no princípio dos cálculos, e descobre que o problema é um sinal positivo que deveria estar negativo, ou mesmo um número que esqueceu de somar, e este pequeno erro afeta todo o restante do cálculo. Pois bem, é isso que acontecia aos pensadores: partiam do erro, logo tudo que viesse à seguir estaria errado!
    Por isso postergo a antiga filosofia. Não menosprezo-a, mas gostaria que você passasse a ter o direito de possuir o verdadeiro conhecimento.
   Não sou eu a verdade! Esqueça tudo que viu e ouviu até hoje, o verdadeiro conhecimento está em você mesmo! Conheça-se, elimine do seu corpo a toxina implantada pela sociedade; perceba a presença de um espírito puro dentro de si! Esqueça a religião, o cristianismo, o evangelismo, o islamismo...crie sua religião, apoiada somente na sua fé! Busque a união com a natureza, oriente-se por seus próprios princípios!

    Este blog visa a discussão de diversos temas, de política à literatura, da ciência ao espiritismo, do capitalismo ao socialismo, da oratória à música; da arte, enfim!
    Aqui é um espaço aberto para quaisquer comentários.
    Pergunte, critique, acrescente, contribua para o desenvolvimento dessa nova corrente!
    Dissemine o philosufi (philosufismo) para seus próximos.
    Essas são as boas novas!